Paulo de Tarso Lyra
postado em 05/10/2016 07:09
No dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou para julgamento a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no caso Mônica Veloso, o Planalto confirmou que um afilhado do peemedebista, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL), será o novo ministro do Turismo.
[SAIBAMAIS]Em relação à denúncia contra Renan no STF, ela tramita na Corte desde 2007 e a acusação foi formalizada em 2013. Caso o plenário do STF aceite a denúncia da PGR, o peemedebista se tornará réu e responderá a uma ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Na denúncia oferecida ao STF, a Procuradoria-Geral da República considerou que Renan recebeu propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o peemedebista teria as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.
Na época, Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gado em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos foram considerados notas frias pelos investigadores. O peemedebista chegou a renunciar à presidência do Senado quando o escândalo veio à tona. A assessoria de Renan garantiu que o presidente não está preocupado com o julgamento.
A data da análise da denúncia pelo plenário do STF será definida pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que é responsável por escolher a pauta de julgamento de cada sessão. Se o plenário do STF decidir aceitar a denúncia contra Renan, o julgamento do processo pode ser realizado futuramente por uma das turmas da Corte.
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