A taxa de reeleição de prefeitos que tentaram conquistar nas urnas um segundo mandato neste ano foi a menor da história: 48%. Pela primeira vez, menos da metade dos prefeitos que concorreram novamente ao mesmo cargo tiveram sucesso. A Constituição foi alterada para permitir a reeleição para cargos no Executivo em 1997.
Em 2000 e em 2004, a taxa de sucesso dos candidatos à reeleição ficou por volta de 58%, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Esse número explodiu em 2008, em meio a um crescimento recorde da arrecadação municipal no Brasil - o aumento dos orçamentos foi de 15% em relação ao ano anterior, segundo dados do Tesouro Nacional. Naquele ano, 66% dos candidatos a um segundo mandato de prefeito tiveram o aval dos eleitores para sua recondução.
Receita
Em 2012, enquanto as finanças públicas passavam por uma estagnação por causa do baixo crescimento econômico, a taxa de reeleição caiu para 54%. Os dados deste ano parecem reforçar a hipótese lógica de que há uma relação entre finanças municipais e sucesso eleitoral dos candidatos à reeleição.
O argumento é simples: com dinheiro em caixa, há mais chances de o prefeito fazer obras, investimentos ou qualquer outro tipo de gasto para agradar os eleitores da cidade, o que poderia significar mais votos no pleito seguinte. Mas, segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação dos municípios no ano passado caiu para níveis anteriores aos de 2013 - ao mesmo tempo em que a taxa de sucesso dos candidatos à reeleição despencou seis pontos porcentuais.