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Mansueto e Mendes explicam PEC do Teto a deputados e usam tom duro para crí

Os dois assessores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usaram um tom bastante duro para rebater críticas da oposição ao projeto

Agência Estado
postado em 05/10/2016 14:50
Os estudos que apontam perdas bilionárias para o setor de saúde por causa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, conhecida como PEC do Teto, estão errados, afirmou nesta quarta-feira (5/10), o chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes. "Acabei de receber mais um, e ele também está errado", disse, durante reunião da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

[SAIBAMAIS]Em comum, esses estudos são feitos por entidades representativas da área da saúde e calculam quanto o governo deixará de aplicar no setor nos próximos anos, supondo taxas de crescimento da economia na faixa dos 4% e taxas de inflação na casa dos 5%. Premissas que, segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, não se concretizarão "A economia decresceu 7% nos últimos dois anos, como é que agora vai crescer 5%?", questionou.



Os dois assessores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usaram um tom bastante duro para rebater críticas da oposição ao projeto, que procurou caracterizar a proposta da emenda como uma medida contrária aos pobres e aos mais necessitados. "Não existe essa dicotomia entre os economistas cortando gastos porque são sádicos, e os bons do outro lado" , disse Mendes.

"Pelo amor de Deus, vamos ler a PEC", impacientou-se Mansueto diante de discursos que apontavam cortes em programas sociais que, na verdade, não serão atingidos. "Prouni é renúncia de receita, está fora do teto. Fies é despesa financeira, não é atingida. Fundeb não entra na PEC."

Mansueto afirmou que não há corte em programas sociais e ressaltou que o Bolsa Família teve reajuste superior a 10% este ano, depois de dois anos congelado. "Me mandem a lista dos programas sociais cortados", desafiou.

A um argumento que gasto com saúde é vida, Marcos Mendes respondeu que emprego também é vida. E que entre os mais pobres, a taxa de desemprego chega a 20% enquanto para o topo ela está em 1%. Os 12 milhões de desempregados, disse ele, são resultado da crise econômica. "Não vivemos uma marolinha. Batemos na parede. Chegamos, como diz o deputado Darcísio Perondi, ao dia do juízo fiscal. Perondi é o relator da PEC do Teto.

Mansueto, Mendes e Perondi passarão a tarde de hoje dialogando sobre a PEC com bancadas na Câmara.

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