Politica

Ciro Gomes critica Lula: "Começou a brincar de Deus e se queimou"

Pré-candidato do PDT ao Planalto pode ser uma alternativa aos petistas em 2018, caso Lula se torne inelegível por causa da Lava-Jato

postado em 10/10/2016 05:15

Pré-candidato do PDT ao Planalto pode ser uma alternativa aos petistas em 2018, caso Lula se torne inelegível por causa da Lava-Jato

Pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, voltou a exercitar uma das suas principais características: a metralhadora verbal contra tudo e todos. Durante entrevista nesse domingo (9/10), no Festival Piauí GloboNews de Jornalismo, o pedetista disse que o PT não está morto. Mas foi bastante crítico em relação ao ex-presidente Lula. ;O Lula se descolou da realidade, começou a brincar de Deus e se queimou;. Emendou em seguida: ;Qual foi a reforma que o Lula propôs para todo o país fora a tomada de 3 pinos?;

Matéria publicada nesse domingo (9/10) no Correio mostrou que, com a derrota fragorosa nas eleições municipais e o risco concreto de o ex-presidente Lula ser preso pelo desdobramento das investigações da Operação Lava-Jato, setores do PT defendem que a legenda abra mão da candidatura própria ao Planalto em 2018. Neste momento, o nome que mais se enquadraria no segmento da esquerda seria Ciro. Mesmo que não seja detido pelo juiz Sérgio Moro, o receio de correligionários de Lula é de que ele se torne inelegível por conta da Lei da Ficha Limpa.

Um dos problemas levantados entre os petistas é a incerteza se Ciro, de fato, conseguirá se viabilizar como candidato do PDT. As constantes trocas de partido ; ele já foi filiado a sete legendas ; assustam. Mas assegurou que tem uma relação de amizade consolidada com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o que lhe garantiria a candidatura ao Planalto. Preocupa também a personalidade forte, que faz com que ele se perca nas palavras e nos ataques. ;Eu chamei o Eduardo Cunha de ladrão a quatro metros dele quando a população ainda não sabia quem ele era. É o tipo de confronto que eu faço. O Brasil vai ter que escolher entre a minha elegância e a do João Doria. Não vou vender minha alma para ser presidente do Brasil;, afirmou.



Ele também criticou a recorrente negação da política: ;Negar a política é sinônimo de fascismo. A população está sendo enganada pela ideia de que a política se faz por não políticos;. Disse, ainda, que a direita tem saído cada vez mais do armário. ;Bolsonaro pegou 8% do eleitorado fascistoide que votava escondido no PSDB e agora vota nele.;

Haddad
Em São Paulo, um evento organizado pela militância petista na Avenida Paulista tenta dar uma sobrevida à legenda no estado. Um grupo de simpatizantes praticamente lançou o prefeito Fernando Haddad como candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes em 2018. Embora o próprio Haddad não tenha se lançado como candidato e nem falado como tal em nenhum momento, o colega de partido e vereador eleito Eduardo Suplicy deu dicas.

Ele chegou a dizer, durante seu discurso para o público que acompanhava o evento, que ele vai trabalhar nos próximos dois anos e percorrer o Estado com Haddad para que ele seja governador. Os parentes de Haddad também não assumem uma candidatura ao governo do Estado, mas não descartam essa possibilidade. ;Força política, ele tem, mas agora vai depender se ele quer ou não;, disse a irmã do prefeito, Lúcia Haddad. A mãe dele, Norma Haddad, disse não saber qual será o futuro político do filho, mas afirmou que ele está muito convicto do que fez. Apesar de admitir que sua legenda, o PT, o atrapalhou nessas eleições, disse que o filho é ;suprapartidário;.

Além dos gritos de governador, havia também cartazes com dizeres ;Haddad governador;. O evento, que foi agendado por meio de redes sociais, reuniu centenas de pessoas que ocuparam a Avenida Paulista no espaço em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Doria revê velocidade

Três dias após ser alvo do primeiro protesto de ciclistas contra o fim anunciado do programa de expansão das ciclovias, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), resolveu pedalar ontem e, pressionado por cicloativistas, admitiu que poderá manter a velocidade máxima a 50 km/h em alguns pontos da pista local das marginais.

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