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PT perde discurso de defensor da parcela mais carente da população

Derrota nas eleições municipais e perda do poder federal após a queda de Dilma faz com que eleitorado mais carente busque opções: Doria e ACM Neto foram os escolhidos desse público em São Paulo e Salvador



;Se formos lembrar, o PT, em suas origens, não era um partido dos grotões. Era um partido da classe média e dos intelectuais. Nós chegamos a esse público após a vitória de Lula em 2002;, recordou o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA). Florence ainda pontuou o que ele considera uma diferença entre o discurso voltado para os mais carentes do Nordeste e os moradores da periferia paulistana, por exemplo. ;As classes D e E de São Paulo são composta por metalúrgicos, por exemplo, que têm emprego, um carrinho e querem subir na vida. No Nordeste, essa faixa é mais carente, que depende muito mais da presença do estado;, completou o líder baiano.

Essa revisão interna no discurso começou ainda em 2013, quando a população foi às ruas pedir melhorias nos serviços públicos ; e excluiu o PT dos protestos. Lula também alertara que a população que chegará aos 18 anos em 2018 ; apta, portanto, a votar ; tinha 5, 6 anos quando o PT assumiu pela primeira vez o Planalto. ;Esse pessoal cresceu incluído, com comida e escola. Não dá para a gente continuar repetindo essa história;, disse o ex-presidente, em um encontro com senadores do partido em 2015. O problema é que o PT se perdeu com a Lava-Jato e com o impeachment da presidente Dilma Rousseff e não conseguiu construir uma nova narrativa.

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