Críticas
Essas críticas se intensificaram durante a semana com artigos publicados em jornais e a reação de setores da sociedade à possibilidade de prisão de Lula. Essa avaliação é feita mais com base em opiniões pessoais do que em informações concretas.
Para alguns petistas, a prisão de Cunha é "uma resposta de Moro às críticas" que passou a ser alvo de ataques de setores que defenderam o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e hoje "não existem mais motivos do que existia anteontem".
Núcleo político
Alguns líderes do PT avaliam que a ação contra o ex-presidente da Câmara pode ser o início de uma nova dimensão da Lava-Jato, agora voltada para o topo do núcleo político que comandou o esquema de corrupção na Petrobrás. Em função das dúvidas e para não melindrar Cunha, o partido decidiu não se manifestar oficialmente sobre a prisão do deputado cassado. Procurado, o presidente do PT, Rui Falcão, não quis comentar o assunto.
O ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro manteve o discurso da seletividade da Lava Jato ao apontar a demora para a ação contra Cunha. "Não me surpreende, o que me surpreendeu foi a demora, partindo dos critérios utilizados para as demais prisões", disse Tarso Genro.
Para Paulo Teixeira, a investida contra Cunha "eram favas contadas" e o fato não deve causar preocupação a Lula. "Quem tem que ficar preocupado agora não é Lula. Não existem provas contra ele. Quem deve ficar preocupado é o governo Temer e o PMDB", afirmou o deputado paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.