Politica

PMDB do Senado convida ministros para discutir votação da PEC do Teto

O fechamento de questão é uma medida adotada por partidos para eventualmente punir parlamentares que votem de forma contrária à orientação da direção do partido

Agência Estado
postado em 25/10/2016 10:27
A bancada do PMDB do Senado convidou os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, para discutir a votação da PEC do Teto dos Gastos. Os senadores peemedebistas - que representam a maior bancada da Casa, com 19 integrantes - ainda não decidiram se vão seguir a orientação partidária de fechar questão em favor da proposta.

O fechamento de questão é uma medida adotada por partidos para eventualmente punir parlamentares que votem de forma contrária à orientação da direção do partido. No início do mês, a pedido de deputados do PMDB, o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), fez uma convocação extraordinária da cúpula da legenda em que decidiu pelo fechamento de questão. Haviam parlamentares do partido desconfortáveis em se manifestar favoravelmente à medida.



[SAIBAMAIS]Um dia após essa decisão da direção do PMDB, o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), já reuniu a bancada, mas não houve consenso sobre seguir o caminho do fechamento de questão. Pessoalmente favorável à PEC do Teto, Eunício disse ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que prefere que a bancada apoie a medida pelo convencimento. Por isso, já foram feitos aos ministros da equipe econômica se reunirem com os senadores do partido.

Os dois sinalizaram que topam participar da reunião. A disposição de fazer esse encontro - que ainda não tem data agendada - já foi comunicado por Eunício ao presidente Michel Temer, que elogiou a iniciativa. "Eu acho que fechamento de questão é bobagem, sou muito mais pelo convencimento", disse o líder do PMDB do Senado.

A previsão é que a PEC seja aprovada em segundo turno nesta terça-feira pela Câmara e siga para o Senado, onde tramitará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Casa. Apesar do desejo de senadores tucanos de assumir a relatoria da PEC na CCJ, Romero Jucá é um dos nomes mais fortes para tocar essa tarefa.

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