Politica

Bachelet remove seis vice-ministros em ajuste após derrota eleitoral

Remoção destas autoridades se soma à saída de três ministros quatro dias antes das eleições municipais, nas quais a oposição de direita impôs uma dura derrota à coalizão oficialista de centro-esquerda

Agência France-Presse
postado em 26/10/2016 21:32
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, removeu nesta quarta-feira (26/10) de seus cargos seis vice-ministros e dois diretores de serviços com base nos anunciados "ajustes" de sua equipe de governo, após a derrota eleitoral da coalizão oficialista nas eleições municipais.

O governo anunciou em um comunicado a saída dos vice-ministros de "Prevenção de Delito", da "Presidência", "Justiça", "Habitação", "Previdência Social" e "Telecomunicações", assim como a de dois diretores do Serviço Nacional de Prevenção do Consumo de Drogas e Álcool (Senda) e do Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomín).

A remoção destas autoridades se soma à saída de três ministros (Justiça, Bens Nacionais e Energia) quatro dias antes das eleições municipais do domingo passado, nas quais a oposição de direita impôs uma dura derrota à coalizão oficialista de centro-esquerda.
As mudanças de autoridades fazem parte de uma série de "ajustes" que Bachelet adota em seu governo para enfrentar os 16 meses que lhe restam de mandato, diante de reclamações de setores da própria coalizão de corrigir o rumo.

Bachelet, que apresenta popularidade de apenas 23%, tem diante de si o desafio de levar adiante a última e mais importante fase de sua ambiciosa reforma na educação.

Trata-se da lei de educação superior, que estabelece a gratuidade para os estudos universitários, de maneira gradual e avançando por grupos socioeconômicos no caso de serem cumpridos certos parâmetros macroeconômicos.

Está previsto na reforma impulsionar a lei que busca modificar o sistema privado de aposentadorias, instaurado durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e que hoje entrega baixíssimas pensões a seus beneficiários.

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