Em meio à troca de farpas públicas, os chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário deverão ser colocados na mesma mesa nesta sexta-feira (28/10) para tratar do Plano Nacional de Segurança, que será lançado em breve. Ao longo dessa quarta-feira (26/10), a reunião, que ocorrerá no Itamaraty, chegou a ser ameaçada, segundo interlocutores do presidente Michel Temer, diante do mal-estar criado entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Renan chegou a dizer a Temer que não ficaria na mesma sala em que o ministro da Justiça, mas, por fim, aceitou o convite para o encontro.
O presidente do Senado criticou abertamente Moraes na terça-feira e chegou a chamar de ;juizeco; o magistrado Vallisney de Souza Oliveira, da 10; Vara Federal, que autorizou a prisão de policiais legislativos no âmbito da Operação Métis, da Polícia Federal. A declaração gerou uma reação da presidente do STF, que exigiu ;respeito; ao Judiciário. No mesmo dia, Temer buscou apaziguar os ânimos e tentou costurar, a pedido de Renan, uma reunião ontem entre a ministra e o senador. A presidente da Suprema Corte, porém, negou o convite.
Mal-estar
Renan, entretanto, não baixou a guarda e ontem mesmo entrou com uma ação no Supremo e outra no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz. Renan reclamou que a ação ocorreu sem o aval do STF, sendo que senadores têm foro privilegiado. No Palácio, Temer buscou amenizar a questão. ;O diálogo do presidente Temer com esses três interlocutores é permanente, fluido e desimpedido. Uma eventual reunião, em momento que seja compatível com as agendas de todos os envolvidos, virá a ser apenas mais uma demonstração completa de diálogo;, disse ontem o porta-voz, em nome de Temer. A reunião de amanhã será para Moraes apresentar o esboço e discutir os termos do Plano Nacional de Segurança.
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