Mais um capítulo da crise entre os Poderes pôde ser percebido no julgamento da 2; Turma do Supremo Tribunal Federal que anulou grampos usados para denunciar o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por corrupção na Operação Monte Carlo. Investigadores ouvidos pelo Correio entendem que os ministros quiseram ;passar um recado; quando criticaram anteontem as apurações. Para eles, a intenção era dar um ;exemplo; à Lava-Jato, principalmente.
Teori Zavascki disse que o caso era mesmo ;um exemplo;. Afirmou que esse tipo de ;usurpação; de investigações ; que deveriam ser feitas pelo STF, e não pela primeira instância ; vem ocorrendo repetidas vezes. O juiz da Lava-Jato em Curitiba, Sérgio Moro, é alvo de dezenas de ações por supostamente ;passar por cima; da competência do Supremo. Gilmar Mendes disse que o episódio vinha a calhar. ;Aplica-se como uma luva aos momentos que estamos vivendo;, afirmou o ministro.
Nesta quarta-feira (26/10), Ricardo Lewandowski trouxe o tema da Monte Carlo de volta ao plenário da 2; Turma. Ele disse que foi para casa e refletiu sobre o custo da ação considerada ilegal. ;Agentes dedicaram tempo a escutas ilegais, transcrição, atuação do MP, do juiz;, disse. ;Qual custo para o Estado, para o cidadão?;.
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