Momentos antes da reunião com o chefe dos Três Poderes no Palácio do Itamaraty, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDF-AL), ligou para a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, para pedir desculpas pelo tom adotado por ele nos últimos dias.
Renan afirmou que agiu em defesa do Legislativo, assim como ela, Cármen Lúcia, ao se pronunciar à abetura da reunião do Conselho Nacional de Justiça, falou em defesa do Judiciário. A crise entre os dois começou após a deflagração da Operação Mete, quando a Polícia Federal prendeu quatro policiais do Legislativo no Senado Federal, acusados de obstruir as investigações da Operação Lava-Jato. Renan criticou duramente o juiz que autorizou a operação, Vallisney de Souza, chamando-o de ;juizeco;. Na reunião do CNJ, Carmen Lucia afirmou que quando o juiz é descatado, todos os demais juizes, assim como ela, também o são.
O presidente Michel Temer tentou marcar na quarta-feira (26/10) um encontro com Cármen Lúcia e Renan, mas a presidente do Supremo alegando dificuldades na agenda, não compareceu. Neste momento, todos eles, além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e dos ministros da Defesa, Raul Jungmann e Alexandre de Morais, estão reunidos no Palácio do Itamary para discutir o Plano Nacional de Segurança.