Eduardo Militão, Jacqueline Saraiva
postado em 17/11/2016 07:35
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é suspeito de chefiar um grupo que causou um prejuízo de mais de R$ 220 milhões com pagamento de propinas em obras públicas no Rio de Janeiro. Ele foi preso preventivamente nesta quinta-feira (17/11), pouco antes das 7h, na casa dele, no Leblon, zona Sul do Rio. A mulher dele, Adriana Anselmo, é alvo de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a força para prestar depoimento.As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7; Vara Federal do Rio de Janeiro. Parte das ordens de prisão também foram expedidas pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba.
[SAIBAMAIS]Em nota, a PF informou que a investigação em curso identifica fortes indícios de cartelização de grandes obras mediante pagamento de propina a agentes estatais. No total, serão cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva, dois de prisões temporárias e 14 de condução coercitiva.
São investigados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e cinco auditores fiscais da Receita Federal.
A Operação Calicute é resultado de investigação em curso na Força-Tarefa da Operação Lava-jato no Estado do Rio de Janeiro em atuação coordenada com a Força-Tarefa da Operação Lava-jato no Paraná.