Vicente Nunes
postado em 17/11/2016 11:20
A Polícia Federal identificou, durante as investigações que levaram à prisão de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que o processo de lavagem de dinheiro oriundo da corrupção continuou durante a administração do atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão, que não foi citado nas delações da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia.[SAIBAMAIS]Segundo os investigadores, foram movimentados pelo menos R$ 40 milhões em dinheiro vivo, carregados em mochilas. Esse dinheiro, destacam os investigadores, continua circulando até hoje por meio de empresas de fachadas e de consultorias falsas.
O grupo liderado por Cabral chamava a propina de "oxigênio", assim como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto se referia ao dinheiro desviado da Petrobras como "pixuleco".
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Rede de corrupção
A operação, batizada de "Calicute", é um desdobramento da Operação Lava-Jato, que desde 2014 levou para a prisão dezenas de empresários e políticos por envolvimento em uma rede de corrupção que afeta a Petrobras para favorecer partidos políticos com subornos pagos por grandes empreiteiras.Existem "fortes indícios de formação de cartel em grandes obras executadas com recursos federais, por meio do pagamento de subornos a agentes estatais", afirma o comunicado da PF.
Os investigados deverão responder a acusações de "integrar uma organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outras".