Julia Chaib
postado em 18/11/2016 06:00
A prisão de outro peemedebista no âmbito da Lava-Jato fecha cada vez mais o cerco ao PMDB. O Palácio do Planalto, no entanto, buscou afastar qualquer impacto da prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral no governo ou na votação de medidas importantes no Congresso Nacional. E aproveitou para reforçar que a detenção seria mais uma prova de que não há interferência na Lava-Jato.
[SAIBAMAIS]Integrantes do partido, porém, avaliam que a consequência prática da prisão, esperada há mais de um mês por correligionários de Cabral, é o enfraquecimento do PMDB no Rio de Janeiro, um dos estados onde a legenda era mais forte. As eleições municipais deste ano já revelaram a perda de força do partido, com a derrota do candidato peemedebista Pedro Paulo, apoiado pelo prefeito Eduardo Paes.
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A legenda, que tem o governador, o presidente da assembleia municipal e diversos outros quadros, não terá mais o prefeito, e poderá ver sua participação reduzida com chances pequenas de vitória de eventuais candidatos nas próximas eleições. ;Essa expectativa para 2018 já não existe. Só de eliminar uma candidatura, já enfraquece. E se enfraquece em um estado, enfraquece nacionalmente;, disse um peemedebista.
Do ponto de vista do impacto que a prisão pode ter na aprovação de matérias no Congresso, a avaliação no Planalto e de outros peemedebistas é de que é pequena. Isso porque integrantes da sigla avaliam que todos os partidos estão envolvidos na Lava-Jato, então os parlamentares evitarão apontar o dedo entre si. E Cabral, embora fosse um líder, é um quadro muito específico do Rio de Janeiro.
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