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PR adia expulsão de Clarissa, filha ex-governador Anthony Garotinho

Por uma "questão de elegância", partido deixa para semana que vem punição à deputada, filha do ex-governador Garotinho, preso na quarta-feira. Ele segue internado, mas, no blog pessoal, assessores celebram a prisão de Sérgio Cabral



Um dia após a prisão do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, a executiva nacional do PR adiou o pedido de expulsão da filha do ex-governador, a deputada Clarissa Garotinho. Principal nome da executiva carioca do partido, Clarissa é acusada de descumprir uma orientação partidária de votar a favor da PEC que limita o teto de gastos à inflação do ano anterior. Além disso, ela divulgou um vídeo posicionando-se contrária à medida de austeridade fiscal. O julgamento foi suspenso por conta de um pedido de vistas coletivo do colegiado do partido.

[SAIBAMAIS];Não foi decidido, porque houve um pedido de vista conjunto dos membros da Executiva. Eles querem analisar melhor para não cometer injustiça;, afirmou o presidente nacional do PR, o ex-ministro Antonio Carlos Rodrigues (SP). ;Acho que fica para a próxima segunda-feira agora;, emendou Rodrigues.

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O presidente do PR disse que os integrantes da Executiva também pediram vista dos processos disciplinares contra os deputados do PR Zenaide Maia (RN), que também votou contra, e Silas Freire (PI), que se absteve. Outros dois deputados do partido que se ausentaram da votação não são alvo de processos. Ele nega que o adiamento tenha alguma relação com a prisão do pai de Clarissa. Garotinho foi preso preventivamente na última quarta-feira em um apartamento no Flamengo, sob acusação de compra de votos durante a disputa municipal em Campos dos Goytacazes.

O Correio apurou, contudo, que houve sim um cuidado para não se praticar um ;ato de deselegância; com a parlamentar, já abalada com a detenção do pai. Mas, em nenhum momento, integrantes da direção nacional do partido indicaram uma reversão na decisão de expulsar a parlamentar fluminense. ;Clarissa Garotinho é carta fora do baralho;, resumiu um integrante do comando partidário.

O PR já se prepara para seguir a vida sem a família Garotinho. Mesmo sendo, oficialmente, o presidente estadual do partido, o ex-governador já vinha enfrentando divergências com a cúpula partidária. Dos cinco deputados federais que vieram com Garotinho para o PR, apenas Clarissa permanecia na bancada. Ela também era a responsável por ditar as regras no diretório municipal, apesar de este ser presidido por Aluísio Gama. Clarissa foi uma das principais defensoras da aliança do PR com o PRB do senador Marcelo Crivella, que acabou sendo eleito prefeito do Rio de Janeiro.

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