Executivos da empreiteira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, começaram a assinar nesta quarta-feira (23/11) acordos de delação premiada com a força-tarefa de procuradores que investiga desvios na Petrobras. Os termos dos acordos estão sob sigilo e os detalhes não serão divulgados. Pelo menos 130 políticos de todos partidos fariam parte das denúncias. No mínimo, 20 governadores e ex-governadores também estariam envolvidos. Advogados e delatores de cerca de 60 investigados se encontram na Procuradoria Geral da República.
[SAIBAMAIS] Delatores e advogados de mais de 60 investigados estão na Procuradoria Geral da República, em Brasília
Um dos depoimentos mais esperados pelos procuradores é o do ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
A expectativa é que os depoimentos, nos quais os funcionários devem relatar repasses de propina para políticos, sejam enviados no começo do ano que vem para o Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual caberá a homologação das oitivas.
Em março, a Operação Xepa, uma das fases da Lava jato, teve a Odebrecht como principal alvo e prendeu diretores e executivos da companhia.
Com informações da Agência Brasil