Jornal Correio Braziliense

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Feriado nos EUA paralisa negociação de acordo da Odebrecht

Com a paralisação, os advogados da empreiteira estão retornando para São Paulo nesta quinta-feira (24/11) mas tentarão retomar as conversas com o americanos ainda na sexta



A reportagem apurou com investigadores com acesso à negociação que as delações dos executivos, bem como o acordo de leniência da empresa, não devem atingir de maneira uniforme as principais lideranças políticas brasileiras.

Embora os principais partidos sejam alvo das delações - PMDB, PT e PSDB -, alguns políticos serão atingidos de "forma fatal" e outros terão suas imagens apenas "arranhadas" pelas revelações. A diferença se dará pelo fato dos valores recebidos da empresa estarem ou não atrelados em desvios praticados em obras e licitações públicas.

A análise feita por alguns investigadores é de que o acordo da empreiteira vai criar o "padrão Odebrecht" tanto para as penas e multas quanto para o conteúdo a ser entregue em negociações futuras.

A partir de agora, diz um procurador, a empresa ou executivo interessado em delatar terá que oferecer algo além do que a Odebrecht já entregou. Nesse cenário, prevê o investigador, a tendência é que as empresas na fila - Queiroz Galvão, OAS, Mendes Júnior e Galvão Engenharia - consigam alcançar àqueles políticos que porventura tenham ficado de fora do acordo da empreiteira baiana.

Por Agência Estado