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Temer afirma que 'não há condição' de anistiar caixa 2

O presidente afirmou que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a impossibilidade do tema ter seguimento no Congresso

postado em 27/11/2016 12:51
Temer afirma que 'não há condição' de anistiar caixa 2
O presidente Michel Temer (PMDB) convocou coletiva neste domingo, em Brasília, para tratar da tramitação do pacote anticorrupção no Congresso. Participaram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ambos fizeram coro em afirmar que o crime de caixa 2, tema de polêmicas e manobras de bastidores nos últimos dias, não serão anistiados.

;Acordamos que não há a menor condição, pelo menos patrocinado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e presidente do Senado, Renan Calheiros, de levar esse projeto à frente;, afirmou Michel Temer. Ainda de acordo com Temer, seria ;impossível; que ele sancionasse projeto com essa intenção de anistiar os crimes eleitorais.

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[SAIBAMAIS]O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou a Casa não tem a intenção de livrar os acusados. ;Nossa intenção nunca foi anistiar crimes;, disse. Ele afirmou que outros crimes acabaram sendo anistiados dentro do projeto de repatriação. Mas, segundo ele, nesses casos não existiu mobilidade da sociedade. Maia ainda negou que exista a emenda que pretende anistiar os crimes eleitorais.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) disse que a reunião é para ajustar institucionalmente a tramitação. Ele fez coro com Temer e Maia. ;Essa matéria não deve tramitar. Há outras prioridades para o Brasil;, afirmou. Renan disse que as matérias econômicas que vão tomar à frente das discussões para garantir a recuperação da economia do país. O presindente do Congresso disse ainda que a proposta de Orçamento está entre essas propostas que estarão no foco da apreciação da Casa.

Voz das ruas


Ainda durante sua fala, Temer fez uma espécie de ;vacina; contra manifestações programadas contra ele para o próximo fim de semana. Segundo ele, a tramitação do projeto com as 10 medidas anticorrupção, propostas pelo Ministério Público, ;atende a voz das ruas; e que protestos são naturais da democracia.

Ele relembrou os protestos ocorridos em 2013, ainda durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), quando milhões foram às ruas contra a corrupção, para dizer que manifestações serão permitidas, mas depredações ferem a legalidade. ;A Constituição garante o direito de (manifestação) rua, mas não há passagem que não garante a depredação;.

Marcelo Ernesto, do Estado de Minas.

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