O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenta votar na noite desta quarta-feira (30/11) o pacote de medidas anticorrupção que foi aprovado durante a madrugada na Câmara. O projeto e foi alvo durante todo o dia de críticas de integrantes do Judiciário.
Assinaram o requerimento com pedido de urgência o líder do PSD, Omar Aziz (AM), o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), e o líder do PTC, Fernando Collor de Mello (AL). As três bancadas somam 24 senadores. Para aprovar o pedido de urgência, são necessários os votos de dois terços dos 61 senadores.
Bate-boca
Senadores batem boca no Plenário. Aqueles que se opõem ao texto como foi aprovado na Câmara querem evitar a votação apressada. "O senhor está cometendo abuso de autoridade", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Increveram-se para fala contra o requerimento os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP). "Arguo a intempestividade de votar a medida neste momento", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Mais cedo, procuradores da Lava-Jato ameaçaram renunciar e encerrar os trabalhos de combate à corrupção caso o texto seja aprovado pelo Senado como saiu da Câmara. Randolfe chamou a votação dos deputados de "golpe dado na calada da noite". Entre as alterações estão previstas medidas de controle maior do Judiciário, o que foi encarado como vingança a ação da Justiça ao investigar políticos.