Politica

Temer adia escolha de novo articulador com o Congresso Nacional

Nome favorito do Planalto, Antonio Imbassahy (PSDB-BA) teve a indicação bombardeada por integrantes do Centrão, que ameaçaram paralisar votação da reforma da Previdência. Tucanos Antônio Anastasia (MG) e José Aníbal (SP) têm chances

Julia Chaib
postado em 09/12/2016 06:00

Aécio Neves fez diversas consultas internas. Mas, para deputados da base, Imbassahy alteraria equilíbrio de forças
A pressão feita pelos partidos do Centrão à possibilidade de nomeação do líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA) para o cargo de ministro da Secretaria de Governo tirou dele o favoritismo da indicação. Ciente de que é uma escolha delicada, o presidente Michel Temer deixou para a semana que vem a decisão. Além de Imbassahy ; que até o início da noite seria o nome favorito de Temer ; , também foram especulados os nomes dos senadores José Aníbal (PSDB-SP) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). Temer pretende conversar nos próximos dias com tucanos, peemedebistas, integrantes do Centrão e outros ministros para tentar escolher um nome que provoque o menor atrito possível.



A estratégia inicial era agradar o PSDB, que, nas últimas semanas, tem se apresentado como fiador da estabilidade política do Planalto. No mesmo dia em que Geddel Vieira Lima saiu do Ministério, abatido com as acusações feitas pelo ex-ministro do Turismo, Marcelo Calero, Temer almoçou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e sinalizou que gostaria de colocar um tucano à frente da pasta. Coube a Aécio fazer consultas internas sobre a validade de ter mais um ministro no governo. Mais do que um cargo, a demanda do partido era ter maior influência nas decisões econômicas e no núcleo duro do governo.

Mas o governo ficou irritado com as especulações de que ampliaria as características da pasta só para agradar os tucanos. A informação é de que, além da articulação política e da oferta de cargos e emendas a parlamentares, a supersecretaria acumularia a negociação com movimentos sociais, trataria das questões federativas e poderia, até, trocar de nome para Secretaria de Governo e Federação, algo que Temer ainda não decidiu.

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