Politica

Depois do susto inicial, Planalto defende cautela

Governo vê nome de ministros importantes e principais aliados no Congresso envolvidos em delação da Odebrecht. Mas afirma que é preciso esperar o desenrolar das denúncias

Paulo de Tarso Lyra, Julia Chaib
postado em 11/12/2016 09:00

Governo vê nome de ministros importantes e principais aliados no Congresso envolvidos em delação da Odebrecht. Mas afirma que é preciso esperar o desenrolar das denúncias
A delação premiada que atingiu em cheio a cúpula do PMDB e do governo, inclusive o presidente Michel Temer ; citado 43 vezes no depoimento ; impôs um movimento de cautela a integrantes do Palácio do Planalto. Interlocutores do Executivo dizem que é preciso aguardar o desenrolar dos depoimentos, que ainda precisam ser comprovados, mas não negam a preocupação com possíveis impactos das delações. Segundo depoimento do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Carlos Melo Filho, a empreiteira destinou dinheiro de caixa 2 para campanhas eleitorais e ainda fez repasses para a aprovação de medidas de interesse da construtora no Congresso Nacional.

Filho relata o pagamento de dinheiro a 39 políticos, no total. Segundo o depoimento do executivo, os principais líderes do PMDB no Congresso receberam valores para aprovar projetos para favorecer a empreiteira. Um deles é o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), com o codinome de ;Indio;, candidato à Presidência do Senado em 2017. O líder teria recebido pelo menos R$ 21 milhões para garantir a aprovação de matérias importantes.

O executivo aponta como principal interlocutor no Senado o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), apelidado de ;Caju;. O ex-vice-presidente da Odebrecth cita ao menos 12 medidas provisórias e projetos em que Jucá foi ;chave; na interlocução. ;Ao longo dos anos que mantive interlocução com o Senador Romero Jucá, participei de pagamentos a ele que hoje superam R$ 22 milhões;, diz trecho do depoimento.

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