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"Não serei candidato por ser", diz Rosso sobre candidatura à Câmara

Cotado para a presidência da Casa, o deputado federal afirma que só entrará na disputa se houver um consenso mínimo para vencer

Julia Chaib, Denise Rothenburg
postado em 13/12/2016 06:00
Cotado para a presidência da Casa, o deputado federal afirma que só entrará na disputa se houver um consenso mínimo para vencer
Pré-candidato à presidência da Câmara, o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), defende a aprovação das medidas econômicas do governo no Congresso nesta semana. O parlamentar acredita que os termos de delação premiada da Odebrecht, divulgados na última sexta-feira, e que atingem em cheio a cúpula do Palácio do Planalto e do PMDB, não serão capazes de interferir no encaminhamento das medidas. Hoje, o plenário do Senado vota em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que define um teto para os gastos públicos por 20 anos. Amanhã, a Câmara decide se aceita a admissibilidade da PEC da Reforma da Previdência, que Rosso considera mais polêmica.

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[SAIBAMAIS]Um dos líderes do centrão, que reúne 13 partidos pequenos e médios, Rosso quer encontrar consenso no grupo em torno de um nome na disputa na Casa, embora admita que há dificuldades. Para ele, a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não é viável e, para evitar uma judicialização do tema no Supremo Tribunal Federal, enviou uma consulta à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara na noite de ontem.
Mesmo diante de uma enorme resistência do bloco na semana passada, Rosso afirma que, hoje, o nome do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para a sucessão de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo, já tem mais simpatia. O centrão havia interpretado a indicação como uma interferência do Planalto na disputa.

Quais são as apostas do presidente Temer para esta semana?
O presidente deixou muito claro que confia na independência e na atribuição constitucional de todos os Poderes e que confia, essencialmente, no Judiciário. Independentemente desse conjunto de delações da Odebrecht ; todos sabemos que virão outras ; ele está com foco no ajuste fiscal. Ele sabe que a economia precisa reagir e a reação se dará não só no aspecto maior como também em pequenas ações pontuais. É o que fará a partir de hoje (segunda), reunindo ministros da área econômica, e imaginamos que, esta semana, um pacote de medidas será anunciado.
Dá para contar com a aprovação dessas medidas no Congresso, principalmente, na Previdência?
Vamos separar. Primeiro, o segundo turno da PEC dos gastos no Senado, me parece que os senadores têm essa consciência, a maioria, desse novo conceito de despesas. O governo só vai gastar o que arrecadar. Isso é uma consciência independentemente do ambiente político. Na Câmara, a admissibilidade da Previdência precisa ser mais bem conversada com a própria base porque cada parlamentar traz a sua experiência. Nesses poucos dias em que a reforma foi encaminhada para a Câmara, as reações de vários segmentos da sociedade foram muito grandes. Ela mexe com a vida de todos nós. É um processo mais longo, demorado e difícil no que tange ao mérito. Acredito que será aprovada, mas é importante que o governo faça encontros o mais rápido possível com partidos da base porque alguns já manifestaram dificuldades, inclusive, de votar pela admissibilidade.

Há um movimento de debandada?
O presidente Michel continua com uma boa base na Câmara, suficiente para aprovar reformas. A economia real, de varejo, ela precisa ter ações importantes e urgentes governamentais para reativar a economia e gerar emprego.

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