Politica

Sessão solene comemora o centenário de nascimento de Miguel Arraes

Político fez carreira em Pernambuco e marcou época no Brasil

Natália Lambert
postado em 14/12/2016 06:03
Parlamentares acompanham a sessão: legado de luta e pioneirismo ressaltado durante todo o dia
Em meio a um dia tumultuado, com debates acirrados e disputas políticas, o Congresso parou ontem por algumas horas para homenagear o centenário de nascimento de Miguel Arraes de Alencar (1916-2016). Grande nome da política nacional e, principalmente, nordestina, a história do advogado e economista foi celebrada com uma exposição e uma sessão solene conjunta no plenário da Câmara. Eventos promovidos pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), pela Fundação João Mangabeira e pelo Instituto Miguel Arraes estendem-se até o fim da semana em todo o país.

Na presença de filhos e amigos de Arraes, políticos usaram a tribuna para ressaltar o legado de luta e pioneirismo do cearense com coração pernambucano. Representando a família ao lado da ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes, o primogênito dos 10 filhos, José Almino de Alencar e Silva Neto, agradeceu as homenagens e destacou a ausência do primeiro neto, Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco morto em um acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014. ;Devo-lhes dizer que represento um vasto corpo de constituintes: sua viúva e seus nove filhos vivos (...) Evoco igualmente duas ausências dolorosas: a de Carlos Augusto, o terceiro em idade da nossa frátria; e a de Eduardo Campos, o seu primeiro neto. Estivessem ambos agora conosco, iluminariam estas comemorações com o sorriso, o bom humor e o otimismo imaginoso que lhes eram comuns;, destacou Neto.

Nascido em 15 de dezembro de 1916, em Araripe (CE), Miguel Arraes mudou-se para Pernambuco ainda na juventude em busca de trabalho e lá, em 1948, começou a vida política, no movimento estudantil. A partir daí, trilhou um longo caminho sendo eleito deputado estadual em Pernambuco, prefeito do Recife, deputado federal e governador do estado por três vezes. A primeira gestão à frente do Palácio das Princesas foi brutalmente interrompida pelo regime militar, quando foi deposto em 1964. A resistência em renunciar ao mandato o fez ser exilado em 1965. Por 14 anos, representou uma frente de resistência aos militares na Argélia e em outros países. Ao retornar ao Brasil, em 1979, elegeu-se deputado federal.
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