postado em 14/12/2016 09:27
A vereadora e presidente interina da Câmara de Ribeirão Preto, Gláucia Berenice (PSDB), anunciou que irá assumir nesta quarta-feira, 14, a prefeitura do município paulista para cumprir os 18 dias restantes do atual mandato. Ela será empossada no cargo vago desde o último dia 2, após a prisão e o afastamento da prefeita Dárcy Vera (PSD) - suspeita participar de um esquema que pode ter desviado R$ 45 milhões dos cofres municipais e investigado na Operação Mamãe Noel, deflagrado pela Polícia Federal e o Ministério Público.
[SAIBAMAIS]Até setembro, Gláucia era a primeira secretária da Câmara e assumiu o comando interino do Poder Legislativo de Ribeirão Preto após o afastamento do presidente Walter Gomes (PTB) durante a Operação Sevandija, que deu origem à operação do início deste mês.
Após a prisão da prefeita, o vice-prefeito Marinho Sampaio (PMDB) renunciou e Gláucia evitava assumir o cargo por temer possíveis processos futuros pelo fato de ter de assinar as contas do município de 2016.
Depois de o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) informar que não indicaria um juiz da cidade para assumir o cargo - uma das opções para substituir Dárcy - a vereadora decidiu assumir. Gláucia terá ainda como missão pagar o 13; salário dos servidores, que está atrasado, antes de entregar o cargo ao prefeito eleito Duarte Nogueira (PSDB). Ela retornará à Câmara, já que foi reeleita.
Liberdade
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis Júnior concedeu nesta terça-feira, 13, liminar para soltar Dárcy Vera - presa desde o dia 2, no presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, disse que a prisão da prefeita era necessária "para cessar atividades cirminosas". A prisão foi decretada pelo desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
"O argumento central do pedido liminar é que não há necessidade da prisão antecipada neste caso", disse a advogada Cláudia Seixas, dias após a prisão de sua cliente. "Reitero que Dárcy nunca se furtou a prestar esclarecimentos. Foi ouvida em três oportunidades, longamente, uma vez por nove horas (na Procuradoria-Geral de Justiça), outra por cinco horas. Sempre respondeu todas as indagações que lhe foram feitas pelas autoridades", diz a defensora.
Por Agência Estado