[SAIBAMAIS]Fiel aliado do governo, o senador disse que Yunes estava colaborando e que não precisa de emprego público para continuar colaborando com o governo. "Na hora em que surge qualquer assunto que pode constranger o governo e o presidente, como ele tem posição de inteira liberdade e independência, pediu para sair", explicou. Yunes deve voltar a ocupar a presidência do PMDB na cidade de São Paulo.
O senador negou desgaste com o episódio e rechaçou qualquer irregularidade que possa ser imputada contra o ex-assessor especial. Na avaliação de Jucá, a decisão dele é pessoal, precisa ser respeitada e "aplaudida" porque Yunes entendeu que ajudaria mais saindo.
O discurso de Jucá foi acompanhado pelo líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP). "Ele já deixou claro que não teve nenhum tipo de recebimento", declarou. O deputado disse que o pedido de demissão "mostra claramente que ele não tem nada a ver com tudo isso". Baleia ressaltou que Temer também já deixou "claro" que a "possível doação" ao partido foi legal.
Padilha e Moreira Franco
Após almoço com o presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário Moreira Franco, Jucá negou que os principais aliados do presidente da República tenham a intenção de entregar carta de demissão.
Ele afirmou que ambos têm a confiança do presidente e que cabe a Temer decidir quem entra ou sai de seu governo. "Não é nenhum tipo de notícia armada, pressão indevida ou tentativa de desestabilização que levará o presidente a fazer mudanças no seu ministério sem ele querer", declarou.
O senador disse que no almoço foi discutido como vão encerrar o ano de forma vitoriosa, seja no esforço da votação do Orçamento ou das medidas de interesse do governo. Jucá relatou que Temer está tranquilo e disposto, com o governo funcionando "a pleno vapor". O líder disse que não tem mini pacote a ser apresentado amanhã, mas sim medidas que o governo está estudando há algum tempo e que gostaria de ver implementadas. Jucá afirmou que amanhã pela manhã vão concluir as medidas administrativas e econômicas que vão ajudar na recuperação da atividade econômica. O senador não quis antecipar os pontos que serão apresentados.
Vazamentos
O senador disse ainda que o partido não vai dar curso a nenhuma medida jurídica questionando o vazamento das delações dos executivos da Odebrecht. O peemedebista - citados nas delações - disse que cabe ao Ministério Público ser célere nas investigações, provar as acusações, e tirar "a suspeição generalizada da classe política". "Não é possível ficar se vazando toda semana alguma coisa criminosamente exatamente para desestabilizar o governo", comentou.
Jucá aparece nas delações mais recentes com o apelido de Caju. "Não me sinto um caju, não sei de onde tiraram isso", respondeu ao ser questionado sobre a alcunha. O senador preferiu não comentar o teor da delação do ex-executivo Cláudio Mello Filho.
Nesta tarde, a Executiva do PMDB se reuniu para discutir as bandeiras e a gestão do partido no próximo ano. Também decidiram divulgaram uma nota de pesar sobre o falecimento do arcebispo emérito de São Paulo, D. Evaristo Arns. Ficou acertado que a mudança do nome do partido para MDB será discutida nos Estados e nos diretórios municipais.
Por Agência Estado