Jornal Correio Braziliense

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PF prende vereadores em ação contra fraude em licitações no PR

Ação investiga irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu. Ações são realizadas em dois estados e no DF


Ao menos 12 vereadores foram presos, nesta quinta-feira (15/12) em uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), Intitulada Nipoti, a 5; fase da Operação Pecúlio investiga suspeitos de irregularidades perante a Administração Pública do Município de Foz do Iguaçu e na Câmara Municipal da cidade, mediante desvio de recursos públicos, com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas.

No total, são 78 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária, 11 de condução coercitiva e 39 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso, nas cidades de Foz do Iguaçu/PR, Curitiba/PR, Cascavel/PR, Maringá/PR, Pato Branco/PR, Recife/PE e Brasília/DF. Cerca de 150 Policiais federais trabalham hoje nesta operação.

De acordo com a PF, somente em algumas obras de pavimentação no município de Foz do Iguaçu/PR, submetidas a exame pericial pela Polícia Federal, foram constatados prejuízos consumados na ordem de aproximadamente R$ 4,5 milhões, ainda sem levar em consideração o prejuízo potencial em razão da péssima qualidade das obras, o que reduzirá consideravelmente o tempo de vida útil destas.

As ordens judiciais foram expedidas pela 3; Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu/PR fundamentadas em diversos indícios e colaborações premiadas obtidos ao longo das investigações e fases da Operação Pecúlio, em trabalho conjunto da Polícia Federal e Ministério Público Federal.

O nome da operação é um substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos. O nepotismo tem origem na palavra nepos, nepote, do latim, que se prende à idéia de descendência, parentesco, assumindo o sentido de favoritismo para com parentes.