O número de pessoas que avalia o governo do presidente Michel Temer como ruim/péssimo cresceu de 39% para 46%, de acordo com a pesquisa CNI-Ibope. O levantamento foi realizado antes da divulgação da lista de políticos beneficiados pela empreiteira Odebrecht, em que o presidente é acusado de ter recebido R$ 10 milhões.
O aumento da rejeição do governo pode estar relacionada ao pacote de medidas impopulares que estão sendo avaliadas pelo Congresso Nacional. Na comparação com setembro, aumentou de 43% para 47% o percentual daqueles que acreditam que as últimas notícias são mais desfavoráveis ao governo, enquanto o percentual de entrevistados que as consideram mais favoráveis cai de 18% para 13%.
[SAIBAMAIS]Quando os participantes foram questionados sobre as notícias que mais se lembravam, a maioria lembrou da Proposta de Emenda à Constituição 241 (atual 55), que estabelece um teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos. A PEC vem sendo alvo de manifestações contrárias desde que a proposta tramitava na Câmara dos Deputados.
Observou-se que a insatisfação com o governo entre os entrevistados coma renda familiar superior a cinco salários mínimos subiu. O percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo cresceu 16 pontos percentuais entre setembro e dezembro.
Segundo a CNI, o crescimento deve-se tanto à redução dos indecisos, como à redução dos que avaliam o governo como regular e ótimo ou bom. ;Em setembro, esse grupo apresentava a melhor avaliação do governo, com o maior percentual de ótimo ou bom (20%) entre os estratos de renda e o menor de ruim ou péssimo (33%);, diz a pesquisa.