postado em 17/12/2016 07:40
Depois de dias turbulentos na política e na economia, o presidente Michel Temer concluiu a semana de forma mais amena do que o esperado. O peemedebista Temer passou os últimos dias no esforço para emplacar uma agenda positiva e estancar os efeitos do mal-estar criado entre os Poderes Legislativo e Judiciário. Como resposta, Temer atuou junto à base e lançou medidas econômicas para mostrar uma reação frente ao mercado. Ontem, em uma agenda repleta de compromissos, com quatro eventos públicos, Temer subiu o tom contra o PT.
[SAIBAMAIS]Os termos do depoimento do ex-diretor da Odebrecht Claudio Mello Filho atingiram em cheio o núcleo duro do governo. Apesar de críticas, algumas de integrantes da própria base governista, o Congresso aprovou as medidas de maior importância para o Palácio do Planalto: a PEC do teto dos gastos e a admissibilidade da PEC da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O presidente ainda lançou um pacote de medidas econômicas. Com as ações, Temer passa credibilidade ao mercado e mostra o discurso que prega desde o último fim de semana, de que o governo não ficará paralisado.
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Ontem, no almoço, participou de uma cerimônia de natal no Planalto e entregou presentes a crianças, acompanhado da mulher, Marcela Temer. Depois, recebeu afagos de militares em um almoço. Mais tarde, condecorou integrantes dos Exércitos brasileiro e colombianos que ajudaram no resgate a vítimas do acidente com a delegação da chapecoense, que caiu em Medellín.
Durante almoço com militares, Temer reforçou que as medidas econômicas de ajuste são necessárias para fazer o Brasil crescer e criticou o PT. ;Não há mais espaço, meus senhores, minhas senhoras, para feitiçarias. Imprimir dinheiro, maquiar contas, controlar preços. Estamos tratando de resolver nossos problemas de frente;, disse. ;Os mais prejudicados com os arremedos e solução adotados no passado, são os mais pobres, os trabalhadores;, continuou.
Ontem, pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou aumento na avaliação negativa do governo de 39% em outubro para 46%. A avaliação positiva variou de 14% para 13%. O resultado foi considerado ;esperado; por interlocutores do Palácio, diante das notícias negativas que dominaram as últimas semanas.
Linha sucessória
Em outra frente, tentou agir para estancar a crise entre o Legislativo e o Judiciário, com a liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que mandou voltar ao plenário da Câmara o pacote de 10 medidas contra a corrupção no Senado, na última quinta-feira. Internamente, o Planalto avaliou a decisão de Fux como um tanto ;exagerada;, mas uma crise entre os Poderes não é benéfica, por isso, o presidente buscou ;mediar; o conflito e atuou para colocar panos quentes.
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