Fernando Jordão - Especial para o Correio
postado em 21/12/2016 19:26
Em uma nota divulgada nesta quarta-feira (21/12), o Instituto Lula afirmou que a "perseguição" da Operação Lava-Jato contra o ex-presidente atingiu um "grau de loucura". Na terça-feira (20/12), o juiz federal Sérgio Moro aceitou mais uma denúncia contra o petista, o que fez com que Lula se tornasse réu pela quinta vez.
[SAIBAMAIS] "A Lava-Jato abriu um processo contra Lula por ele não ter recebido um terreno, que segundo a operação, seria destinado ao Instituto Lula. A Lava-Jato reconhece, porque é impossível não reconhecer, que o terreno não é nem nunca foi do Instituto Lula ou de Lula. É o grau de loucura que a Lava-Jato chegou na sua perseguição contra o ex-presidente", diz um trecho da nota, que foi publicada na página oficial do petista no Facebook.
Ainda no documento, o instituto critica o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol, afirmando que a operação que investiga um esquema de corrupção na Petrobras "persegue delitos que só existem na imaginação de Power Point de alguns promotores".
Moro é outro que também é citado na nota. "O juiz Sérgio Moro aceita uma denúncia absurda dessas em poucos dias, porque o importante é gerar manchete de jornal e impedir Lula de ser candidato em 2018", conclui o documento.
Na denúncia apresentada pelo MP e aceita por Moro na última terça-feira (20/12), Lula é acusado de receber propina da Odebrecht em forma de terreno de R$ 12,5 milhões para seu instituto e do apartamento vizinho à residência em que ele mora em São Bernardo, avaliado em R$ 504 mil. Além de aceitar a denúncia, o juiz federal ainda determinou o sequestro da cobertura no edifício do petista.
Também se tornaram réus o presidente afastado do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, acusado de crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e seu assessor Branislav Kontic, por corrupção passiva e lavagem. O advogado de Lula Roberto Teixeira e a esposa dele, Marisa Letícia Lula da Silva, o executivo da Odebrecht Paulo Melo, o empresário da DAG Construtora Demerval Gusmão e Glaucos da Costamarques, irmão do pecuarista José Carlos Bumlai, são acusados de lavagem de dinheiro.
Confira a nota do Instituto Lula na íntegra:
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