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Temer: 10,2 milhões terão direito a sacar FGTS de contas inativas

Michel Temer apresenta nesta manhã as medidas para reduzir o desemprego e reativar a atividade econômica

Jacqueline Saraiva
postado em 22/12/2016 09:30
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Ao apresentar as medidas que o governo tomará para reduzir o desemprego e reativar a atividade econômica, o presidente Michel Temer afirmou, em café da manhã com jornalistas, nesta quinta-feira (22/12), que o valor total de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve injetar na economia brasileira o valor de R$ 30 bilhões de reais, considerando os saques totais dessas contas. O volume equivale a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.

Segundo o líder do Planalto, o trabalhador poderá sacar todo o valor da conta inativa. A medida deve alcançar cerca de 10,2 milhões de trabalhadores. "Esses recursos vão movimentar a economia, sem colocar em risco a própria solidez do FGTS", garantiu o líder do Planalto.

Presidente Michel Temer detalha medidas para reduzir desemprego

[SAIBAMAIS]Ele detalhou as restrições impostas para a retirada do fundo - que são válidas para contas inativas até 31/12/2015, quando o empregado deixa um emprego e vai para outro - e explicou que o governo busca flexibilizar o processo "porque o momento que vivemos na economia nos demanda uma recomposição da renda do trabalhador". Antes, os trabalhadores só podiam movimentar a conta se ficasse três anos desempregados. "Cerca de 80% das contas têm pouco mais de um salário mínimo", disse o presidente.

Outros dois anúncios foram destacados pelo presidente. Um deles foi sobre os juros do rotativo do cartão de crédito, que serão reduzidos pela metade, medida que já havia sido citada na divulgação do pacote microeconômico na semana passada. Outro é sobre uma medida provisória que será editada pelo governo para regularizar propriedades em área urbana. Ele ressaltou a boa relação entre o Planalto e o Congresso Nacional. "Essa relação entre Executivo e Legislativo é fundamental, uma das chaves do nosso governo. A palavra é diálogo, quando você reinstaura diálogo com o Congresso e diálogo com a sociedade, a tendência é que as coisas fluam com muita naturalidade", afirmou.

Sobre a reforma trabalhista, Temer confirma que deve, ainda hoje, anunciar propostas de modernização da legislação trabalhista. O Programa de Seguro-Emprego (PSE) será criado por medida provisória, uma vez que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) termina dia 31 de dezembro. Já as outras partes da reforma serão enviadas por projeto de lei pelo Congresso.

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