O governo vai colocar em xeque a maioria política já a partir do início de fevereiro, quando Senado e Câmara vão eleger a nova Mesa Diretora para o biênio 2017-2018. As duas disputas têm alguns cenários distintos, como a calmaria na provável vitória de Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado, e a disputa judicial em torno da candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionada pelos integrantes do Centrão. As eleições também colocam o PT em uma saia-justa. Será a primeira vez desde 2003 em que eles vão assistir à eleição fora do governo federal. Tanto na bancada de senadores quanto na de deputados, o cálculo político é fino e difícil: apoiar nomes que defendem o Planalto ou correr o risco de ficar de fora, mais uma vez, das decisões do Legislativo.
O Planalto apoia Eunício e quer Rodrigo Maia na Câmara. O peemedebista é aliado de longa data do presidente Michel Temer e fala com o presidente frequentemente ao telefone. Ao lado do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do ex-ministro da Secretaria-geral da Presidência Geddel Vieira Lima, Eunício foi o responsável por levar Temer ao comando do PMDB em 2001 e mantê-lo no posto de destaque ao longo de todo esse tempo ; ele só deixou o cargo, substituído pelo senador Romero Jucá (RR) em maio, quando assumiu o Palácio do Planalto após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado.
O Correio apurou que Eunício tem a aprovação de pelo menos oito partidos na corrida sucessória. Apoios que variam do PSDB ao PT, ainda que por motivos distintos. De largada, Eunício tem o aval do seu partido, o PMDB, maior legenda da Casa, e a chancela do presidente da República, Michel Temer. Segunda maior bancada, o PSDB apoia o peemedebista oficialmente. O PP, do senador Benedito Lira (AL), também deve sustentar Eunício. A tendência se repete com PSB, PR, PSD e DEM. O ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), orientou a bancada a fechar questão na candidatura do peemedebista.
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