Politica

DF também pretende negociar tratamento diferenciado para pagar dívidas

Uma das moedas de troca que será usada são as dívidas previdenciárias da União com o GDF

Rosana Hessel
postado em 17/01/2017 09:08
Fleury, secretário de Fazenda do DF:
Apesar de não estar entre os maiores devedores da União, o governo do Distrito Federal também pretende negociar um tratamento diferenciado como o Ministério da Fazenda está debatendo com o Rio de Janeiro. Assim como os demais representantes que devem se reunir com Temer para falar sobre segurança pública, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) aproveitará a oportunidade para reivindicar um acordo especial. Uma das moedas de troca que será usada são as dívidas previdenciárias da União com o GDF.

[SAIBAMAIS];Na medida em que o governo federal começou a negociar com um estado, todos vão buscar uma alternativa, principalmente os mais endividados, que estão em situação pré-falimentar;, avisou o secretário de Fazenda do Distrito Federal, João Antônio Fleury Teixeira. Segundo ele, a União deve R$ 800 milhões para a unidade federativa no sistema da Compensação Previdenciária (Comprev), referente aos repasses de contribuições de funcionários federais que se transferiram para o governo distrital via concursos. ;O valor total devido pela União aos estados soma R$ 2,5 bilhões e acredito que outros estados também queiram negociar esse saldo;, destacou.

A falta desse repasse só ajuda a aumentar o deficit previdenciário do GDF. De acordo com Fleury, neste ano, o rombo previdenciário do DF será de R$ 2,7 bilhões. A secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul também não deve descartar esse tipo de negociação com a União, pois a despesa com a Previdência é o que mais pesa nos gastos com pessoal. Para ter uma ideia, 55% da folha é destinado para o pagamento de inativos, que somam 161 mil, enquanto os ativos chegam a 147 mil servidores. O estado ainda paga 40 mil pensões. ;Os R$ 24 bilhões da receita corrente líquida vão integralmente para pagar a folha;, comentou a fonte. Segundo ela, o número preliminar das contas do governo gaúcho indica rombos previdenciários de R$ 8,8 bilhões, em 2016, e de R$ 9,5 bilhões, em 2017.

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