O esquema de liberação de financiamentos da Caixa Econômica Federal e do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) para empresas em troca de propina, comandado pelo ex-deputado Eduardo Cunha e pelo ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, não se limita às 11 empresas citadas na Operação Cui Bono. Documentos exclusivos obtidos pelo Correio apontam que Cunha e Cleto também atuaram para liberar recursos para empresas de Eike Batista.
O relatório dos investigadores da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) mostram uma troca de mensagens do ex-deputado e do ex-vice-presidente da Caixa em 10 de abril de 2012. Na ocasião, Cunha, então líder do PMDB na Câmara, cobra de Cleto informações sobre uma operação no FI-FGTS que interessaria a Eike (veja fac-símile). ;E Eike?;, perguntou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, que está preso em Curitiba (PR). ;Eike tudo bem, abordado o tema do FI;, respondeu Cleto.
Na troca de mensagens, o ex-vice-presidente da Caixa ainda detalhou que teria conversado com Eike e com o vice-presidente de relações institucionais do grupo EBX, Amaury Pires, que na verdade era diretor da companhia. ;Eles entenderam, agradeceram o apoio e fiquei de ligar amanhã para informar se vai ser marcada ou não a reunião do dia 18;, relatou Cleto a Cunha.
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