Aumentam as articulações para que o ministro Edson Fachin assuma a relatoria dos processos da Lava-Jato, que estavam sob o comando de Teori Zavascki. A estratégia foi antecipada pelo Correio na edição de domingo. Fachin teria que mudar para a turma na qual o processo está sendo analisado. E os atuais integrantes do mesmo colegiado ; Gilmar Mendes, Celso de Melo, Dias Toffoli e Ricardo Lewandovski ; abdicariam de assumir o posto, caso fossem contemplados no sorteio para divisão da relatoria.
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As conversas estão sendo conduzidas pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em comum acordo com os demais integrantes da Corte. Em paralelo a esse processo ; que dificilmente se concluirá antes da volta dos trabalhos do Judiciário, em 1; de fevereiro ;, Cármen também tem conversado com os auxiliares diretos de Teori.
Ontem, por exemplo, ela se reuniu longamente com o juiz auxiliar Márcio Schiefler Fontes, principal nome na equipe que auxiliava o ministro morto nos processos da Lava-Jato. Cármen quer saber quais decisões podem ser antecipadas e quais precisarão ser tomadas por um novo relator. A preisdente do STF também se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A ministra avalia a possibilidade de autorizar que a equipe de juízes auxiliares ; que recebeu delegação de Teori para trabalhar nas delações da Odebrecht durante o recesso ; continue esse processo durante a próxima semana. Estavam previstas até sexta-feira audiências com os 77 delatores da empreiteira, para confirmar se os acordos com o Ministério Público foram fechados de forma espontânea.