[SAIBAMAIS]"Pesou na decisão uma ampla e profunda variedade de motivos, entre eles, o reconhecimento de que a atuação de Rodrigo Maia no comando da Câmara tem sido de extrema importância para o projeto do governo federal de tirar o País da sua pior crise econômica - que tanto sofrimento tem provocado ao povo brasileiro", diz o documento. Além de garantir a governabilidade, o PSD ressalta que Maia se comprometeu com a agenda de temas que o partido considera relevante para o País.
Em uma longa mensagem, Montes diz que o PSD deu suporte para que o candidato Rogério Rosso (PSD-DF) se viabilizasse politicamente, mas que, diante das dificuldades, Rosso os liberou a escolher outro caminho na eleição. "A partir da liberação, a bancada teve a oportunidade, então, de avaliar todas as candidaturas à Presidência da Câmara para que a escolha se desse da forma mais transparente possível", afirma nota.
Com o posicionamento de Rosso, os deputados do PSD se viram livres para declarar apoio a Maia. "Nos últimos dias cresceu entre os deputados federais do PSD o apoio à recondução de Rodrigo Maia, o que acabou se consolidando durante encontro da bancada com o presidente da Câmara, dia 23/01, segunda-feira, na residência dele em Brasília, DF", completou.
Enquanto o novo líder do PSD esperava Maia para o segundo encontro da semana, desta vez em Uberaba, Rosso passou o dia desaparecido, com o telefone desligado e sem retornar as mensagens de Montes ou dos funcionários da liderança do partido. Montes pretendia submeter o conteúdo da nota oficial a Rosso, mas decidiu divulgar a formalização do apoio mesmo sem consultar o deputado. Formalmente, Rosso ainda é o líder do PSD e passará o comando da bancada no início de fevereiro.
O novo líder do PSD disse que antes de formalizar o apoio a Maia conversou com toda a bancada, inclusive com Rosso. Segundo Montes, ele "entendeu bem" que não haveria apoio do partido à sua candidatura. Rosso marcou uma entrevista coletiva para amanhã (25/1), onde é esperado que ele anuncie sua saída da disputa pela presidência da Câmara e apoio ao seu aliado, o líder do PTB Jovair Arantes (GO). Ontem, no entanto, Rosso sinalizou que poderia manter a candidatura porque acreditava que não haveria apoio maciço do partido a Maia.
Voo solo
Rosso foi derrotado por Maia na eleição para a escolha do substituto do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no comando da Casa, em meados do ano passado. Na ocasião, o deputado lançou na última hora sua candidatura após ser convencido por colegas de que seu bom desempenho como presidente da comissão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff o credenciara para concorrer ao cargo.
Com a derrota, Rosso alimentou a esperança de disputar a eleição seguinte convencido de que poderia ser eleito para um mandato de 2 anos. Noventa dias antes da disputa, se antecipou e divulgou uma carta aos colegas demonstrando sua disposição de participar de um novo pleito. A carta em novembro e a criação de grupos de WhatsApp com parlamentares de outras siglas causaram constrangimento e indisposição a seu nome como candidato. O que poderia ser uma candidatura de consenso no bloco do Centrão, acabou se transformando em "voo solo" de Rosso.
Segue a íntegra da nota:
"Bancada do PSD decide sobre apoio para a presidência da Câmara dos Deputados
Após vários meses de articulações legítimas e transparentes, a maioria da bancada de deputados federais do Partido Social Democrático (PSD) decidiu apoiar a candidatura à reeleição do atual presidente da Câmara, o democrata fluminense Rodrigo Maia
O processo de escolha passou, inicialmente, pelo suporte à proposta do companheiro pessedista Rogério Rosso (DF), em que ele recebeu total respaldo da legenda para viabilizar a candidatura própria.
Dia 16 de janeiro Rogério Rosso enviou mensagem aos colegas de partido em que deixava a bancada à vontade para avaliar outras alternativas que não a sua candidatura.
O líder eleito da bancada, deputado federal mineiro Marcos Montes, avaliou que a liberação foi mais uma demonstração de desprendimento por parte do colega.
Segundo ele, Rogério Rosso orgulha a bancada, a legenda, filiados e militantes com sua trajetória parlamentar brilhante, voltada para o bem do País.
A partir da liberação, a bancada teve a oportunidade, então, de avaliar todas as candidaturas à Presidência da Câmara para que a escolha se desse da forma mais transparente possível.
Nos últimos dias cresceu entre os deputados federais do PSD o apoio à recondução de Rodrigo Maia, o que acabou se consolidando durante encontro da bancada com o presidente da Câmara, dia 23/01, segunda-feira, na residência dele em Brasília, DF.
Pesou na decisão uma ampla e profunda variedade de motivos, entre eles, o reconhecimento de que a atuação de Rodrigo Maia no comando da Câmara tem sido de extrema importância para o projeto do governo federal de tirar o País da sua pior crise econômica - que tanto sofrimento tem provocado ao povo brasileiro.
O PSD, apoiador deste projeto, se sente à vontade, portanto, para respaldar um novo mandato do atual presidente da Câmara.
Além disso, Rodrigo Maia abraçou a agenda defendida pela bancada e pelas demais lideranças do PSD, e que inclui, entre outros:
1 - Fortalecimento das micro e pequenas empresas urbanas e rurais
2 - Fortalecimento dos estados e municípios
3 - Políticas monetária e fiscal que tirem o Brasil da crise
4 - Pacto Federativo
5 - Política tributária
6 - Reforma política
7 - Combate à corrupção
8 - Desenvolvimento produtivo
9 - Direito à vida
10 - Apoio aos projetos regionais
11 - Direitos dos trabalhadores
12 - Direitos civis
13 - Apoio ao setor público
14 - Apoio às questões urbanas
15 - Reforma agrária
16 - Valorização da ciência e tecnologia
Marcos Montes
Líder eleito do PSD na Câmara"