Paulo de Tarso Lyra
postado em 09/02/2017 21:19
A decisão do presidente Michel Temer de manter André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara aproxima ainda mais um deputado do PMDB do Ministério da Justiça. Temer ainda busca um nome técnico, com perfil na área de segurança pública, para substituir Alexandre de Moraes, que foi indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas a pressão da bancada do PMDB na Câmara colocou Temer em encruzilhada.
A ala mais ouriçada é a dos mineiros, que deseja ver a nomeação de Rodrigo Pacheco para o posto. Pacheco é advogado reconhecido no meio jurídico e a argumentação básica de seus correligionários ; sobretudo o primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MG) ; é de Minas, um estado tão importante politicamente, não tem sequer um Ministério. Pernambuco, por exemplo, tem cinco: Bruno Araújo (Cidades); Raul Jungmann (Defesa); Mendonça Filho (Educação); Roberto Freire (Cultura) e Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia).
Temer já desistiu de nomear o amigo e advogado criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. Ele era cotado para assumir antes da escolha de Alexandre de Moraes. Mas uma entrevista criticando a Lava-Jato afastou-o do Ministério. Entre a noite de quarta-feira e a manhã de quinta, surgiu a possibilidade de Temer convidar o ex-ministro do STF Carlos Velloso. Mas ele próprio agradeceu e deixou claro que não aceitaria a missão.