Politica

Em nota, Temer afirma que doações da Odebrecht ao PMDB foram legais

O episódio aparece na delação premiada do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Ele cita uma reunião no Palácio do Jaburu, em 2014

Paulo de Tarso Lyra
postado em 24/02/2017 17:15
Em meio à crise envolvendo o depoimento do ex-assessor da presidência da República José Yunes ao Ministério Público, e que culminou com a licença médica do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para uma cirurgia de próstata, o presidente Michel Temer divulgou uma nota reiterando que as doações da Odebrecht para o PMDB, em 2014, foram legais. Bem como a atuação do próprio peemedebista ; a época, presidente nacional da legenda ; no episódio.
"Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral. A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", resumiu a nota.
O episódio aparece na delação premiada do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Ele cita uma reunião no Palácio do Jaburu, em 2014, na qual Temer, ao lado de Padilha, pediu uma contribuição de R$ 10 milhões à campanha do PMDB ; R$ 6 milhões ficariam com Padilha e R$ 4 milhões seriam destinados à campanha de Paulo Skaff ao governo de São Paulo.
Em depoimento ao Ministério Público, Yunes afirmou ter sido usado como "mula" ; termo utilizado na linguagem do tráfico para pessoas que servem para levar produtos, drogas ou dinheiro para outras. Yunes afirmou que recebeu um envelope, lacrado, das mãos do doleiro Lúcio Funaro, para ser entregue à Padilha. Mas garante não saber o conteúdo do envelope.

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