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Odebrecht diz que 80% da verba da chapa Dilma/Temer não foi contabilizada

O valor acertado para a campanha presidencial da chapa reeleita foi de R$ 150 milhões

Após o depoimento de quatro horas prestado ontem pelo ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em Curitiba, no processo que analisa a cassação da chapa Dilma/Temer, o Palácio do Planalto e a defesa do presidente estudam a possibilidade de alterar a estratégia de ação. A partir de agora, em vez de uma posição de espera, na torcida para que o processo julgado tenha celeridade, a intenção é trabalhar na produção de contraprovas, pedidos de perícia e análise de documentos para protelar ao máximo o julgamento final. Se possível, arrastar a ação até 2018, aproveitando o fato de que o relator, ministro Hermann Benjamin, deixará o cargo em outubro deste ano.

Segundo a Agência Estado, ontem Odebrecht disse que 4/5 dos recursos destinados pela empresa para a campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014 tiveram como origem o caixa 2. Ele teria afirmado que a petista tinha dimensão da contribuição e dos pagamentos, também feitos por meio de caixa 2, ao então marqueteiro do PT, João Santana.

O valor acertado para a campanha presidencial da chapa reeleita foi de R$ 150 milhões. Deste total, de acordo com o empresário, R$ 50 milhões eram uma contrapartida à votação da medida provisória do Refis, encaminhada ao Congresso em 2009 e que beneficiou a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht na área de química e petroquímica. Conforme relatos, o empreiteiro afirmou, no entanto, que esse assunto era normalmente tratado com o ex-ministro Antonio Palocci e Santana.

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