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Dilma nega que tenha recebido doação de R$ 150 mi de Odebrecht

A ex-presidente classificou as acusações de Odebrecht como "mentirosas", afirmando não ter "autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014"

postado em 02/03/2017 11:29
Dilma afirma achar A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou na manhã desta quinta-feira (2/3), uma nota oficial em que rebate as declarações de Marcelo Odebrecht, que afirmou em depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na quarta-feira (1;/3), ter doado R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 em forma de caixa dois.
O empresário disse que o valor foi acertado com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e que parte foi paga no exterior ao marqueteiro do PT, João Santana, com conhecimento de Dilma.

A ex-presidente classificou as acusações de Odebrecht como "mentirosas", afirmando não ter "autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014".

A nota também nega que Dilma tenha indicado Guido Mantega como representante do governo junto à empresa com o objetivo arrecadação de recursos financeiros para as campanhas presidenciais que ela disputou.

[SAIBAMAIS]Dilma afirma ainda achar "estranho" a divulgação à imprensa de "trechos de declarações ou informações truncadas" e diz que o fato "ocorre justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República".

A ex-presidente encerra o comunicado reiterando que "todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação" e salienta que as prestações de contas de seu governo foram aprovadas pelo TSE.

Confira o texto na íntegra:


NOTA À IMPRENSA

Sobre as declarações do empresário Marcelo Odebrecht em depoimento à Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff afirma:

1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.

2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.

3. A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos.

4. Estranhamente, são divulgadas à imprensa, sempre de maneira seletiva, trechos de declarações ou informações truncadas. E ocorrem justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República.

5. Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça.

6. Por fim, cabe reiterar que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.


ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF

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