Politica

Renan pede suspensão de ação até obter vídeos de delação

Senador é acusado de receber R$ 800 mil em propina para facilitar contratação de empreiteira pela Petrobras

Eduardo Militão
postado em 13/03/2017 18:03

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), pediu nesta segunda-feira (13/3) que o ministro-relator de sua ação penal da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, suspenda o processo até ele receber vídeos de delações premiadas usadas para acusá-lo de receber propina da empresa Serveng, fornecedora da Petrobras. O interesse da defesa do político é conferir se a transcrição dos depoimentos usados para denunciar o peemedebista foi incorreta ou omissa, de forma a ajudar a obter elementos para defender o senador das acusações de corrupção.

[SAIBAMAIS]Renan quer os vídeos de termos de colaboração do ex-senador Delcídio Amaral, que era do PT (termos 2, 8 e 15), do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (1, 6, 19 e 62), do lobista Fernando ;Baiano; Soares (6 e 11) e do doleiro Alberto Youssef (1, 41 e 50 e os termos complementares 2 e 16). Segundo a defesa, a Procuradoria Geral da República (PGR) não forneceu os vídeos, a Polícia Federal não os possui, as imagens não estão no Supremo e nem mesmo na rede mundial de computadores. Para os advogados Luís Henrique Machado e Larissa Abreu, obter os vídeos é ;imprescindível; para a atuação da defesa.

A PGR afirma na denúncia que Renan recebeu R$ 800 mil da empreiteira Serveng Civilsan em propina disfarçada de doação eleitoral, em troca de ordenar que Paulo Roberto facilitasse a contratação da empresa pela Petrobras. De acordo com o Ministério Público, tudo foi feito por um intermédio do senador, o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), e o diretor comercial da Serveng Paulo Twiaschor.

Todos negam as acusações. Os advogados do senador têm 15 para apresentar defesa prévia no caso. Se Fachin decidir favoravelmente a Renan, esse prazo será suspenso.

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