Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) o executivo da Odebrecht, Hiberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, afirmou que o grupo repassou US$ 20 milhões para um ministro do governo de Angola. Segundo ele, o dinheiro foi transferido para o Banco Espirito Santo de Dubai, em Dubai, e registrado na planilha de propinas da Odebrecht, sem revelar o nome do beneficiário.
O relator da Operação Lava-Jato na Corte, ministro Edson Fachin, manteve sigilo nos autos e pediu manifestação do Ministério Público Federal (MPF): "Considerando o disposto nos arts. 6; e 337-B, ambos do Código Penal e a informação de que o pagamento da suposta propina teria sido efetuado por intermédio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, preliminarmente, mantido o sigilo dos presentes autos, determino a remessa dos autos ao Ministério Público Federal para que se manifeste sobre a aplicabilidade da lei penal brasileira aos fatos narrados."