Matheus Teixeira - Especial para o Correio
postado em 17/04/2017 17:12
Nomeado no início de março para o Ministério da Justiça, Osmar Serraglio está com muita dificuldade para montar sua equipe na pasta. O deputado licenciado, que ficou conhecido no processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha por usar a presidência
da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para manobrar em favor do colega de partido, já teve pelo menos cinco convites recusados.
Dois advogados não quiseram assumir a função mais importante do órgão depois do ministro, a secretaria-executiva. São eles o ex-secretário executivo do ministério, Rafael Favetti, e o atual subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha. Diante das negativas, ele deve manter José Levi no posto, homem de confiança do antecessor, Alexandre de Moraes, que foi para o Supremo Tribunal Federal (STF). Na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ele nomeou o almirante Alexandre Mota como interino e talvez o mantenha no cargo, pois os favoritos para o posto recusaram o convite.
Além do ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame e do advogado criminalista e amigo do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz, o secretário de Justiça do estado de São Paulo, Márcio Rosa, também rejeitou a Senasp. Até agora, ele só conseguiu nomear dois secretários: o de Assuntos Legislativos, que ficou com o ex-deputado Edinho Bez, e o secretário Nacional de Justiça e Cidadania, Astério Pereira dos Santos. E até mesmo esses dois não são exatamente da cota pessoal de Serraglio. Bez é uma indicação da bancada ruralista da Câmara dos Deputados e Astério é um nome do PSDB.