O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (SP), defende que a PEC da reforma da Previdência só seja colocada em votação no plenário da Casa no final de maio. Ele até considera possível que o texto seja votado na comissão especial na próxima semana como previsto pelo governo. ;Mas ainda há uma série de negociações e de conversas das lideranças com as bancadas para que o texto fique redondo e seja votado no plenário;, defendeu Tripoli.
O governo sabe que enfrenta problemas sérios em diversas bancadas aliadas, como o PSB, PSD, PR, PTB e Solidariedade, e reconhece que hoje não tem os 308 votos necessários para aprovar o texto no plenário da Câmara.
O Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), por exemplo, condiciona o apoio à reforma a retirada da inscrição do imposto sindical proposto na reforma trabalhista, que está sendo votada agora na Câmara. ;Não dá para extinguir o imposto sindical que arrecada R$ 3 bilhões de reais por ano e manter os impostos dos sindicatos patronais. O sistema S, que arrecada R$ 22 bilhões, não está sendo alterado nesta reforma;, justificou Paulinho.
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[SAIBAMAIS]Na semana passada, um levantamento realizado pelo Grupo Estado com deputados a respeito de reforma que tramita na Câmara, mostra que o número de parlamentares contrários à proposta continua em 275, enquanto o dos que são a favor foi mantido em 101. Havia ainda 35 indecisos; 64 não quiseram responder; 36 não foram encontrados, e um disse que deve se abster.
O levantamento também mostrou que 71 deputados são a favor, mas com alteração da idade mínima para mulheres e 55 apoiam as mudanças, mas com alteração da idade mínima para homens. Além disso, 76 são favoráveis, mas com criação de uma regra de transição para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos, e 78 defendem a retirada da exigência de 49 anos de contribuição para ter o direito de benefício integral.