Agência Estado
postado em 19/05/2017 22:13
O diretor da J Ricardo Saud disse em delação premiada que o código para falar sobre propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro era falar em "dar alpiste para passarinhos".
"(;) O dinheiro do Eduardo Cunha tinha terminado e o Michel Temer sempre pedia para manter eles lá. O código era ;tá dando alpiste pros passarinhos? Passarinhos estão tranquilos na gaiola?; Tal. Começou com Geddel. Quando Geddel foi abatido no meio do caminho, o Joesley foi conversar com Michel Temer", diz o delator.
O delator afirma que, na conversa com Temer, Joesley avisou que estava "acabando o alpiste" e o presidente teria dito que é "muito importante" manter. Lúcio Funaro é apontado pelos investigadores como um operador próximo a Eduardo Cunha.
Após a resposta do presidente, segundo o delator, Joesley Batista orientou o diretor da empresa a "continuar pagando mais uma ou duas aí pro Lúcio, até nós definirmos da onde vai vir esse dinheiro agora pra pagar".