postado em 22/05/2017 15:45
O pedido de suspensão do inquérito contra Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), apresentado pelo próprio presidente, só será julgado após um gravador que está nos Estados Unidos ser periciado. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (22/5) pela presidente da Corte, ministra Cármem Lúcia, atendendo a um pedido do relator da Operação Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin.
Inicialmente, o pedido de suspensão seria julgado "na sessão mais imediata possível", provavelmente, na próxima quarta-feira (24/5). Porém, agora será necessário esperar os áudios gravados pelo presidente da JBS, Joesley Batista, chegarem dos Estados Unidos. Além disso, após a decisão de Cármem Lúcia, a defesa de Temer e o Procurador-Geral da República, que pediu a abertura do inquérito, terão 24 horas para se manifestar.
No despacho, Cármem Lúcia defende que uma deliberação a respeito do tema é grave e urgente e que, assim que Fachin avisar que está habilitado a levar a questão "o pedido será julgado em sessão que será comunicada previamente aos ministros".
O inquérito contra Temer foi aberto na última quinta-feira (18/5), após o ministro Fachin atender a um pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. O presidente da República é acusado de obstruir a Justiça, com base em gravações apresentadas pelo empresário Joesley Batista, presidente da JBS, no âmbito de um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. A defesa do peemedebista, por sua vez, pediu a suspensão do inquérito, alegando que o áudio foi editado.