Antonio Temóteo
postado em 07/06/2017 10:08
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, mostrou irritação com argumentos apresentados pelo ministro relator, Herman Benjamin, para justificar a inclusão das delações de Marcelo Odebrecht na ação que discute a cassação da chapa Dilma-Temer. Benjamin afirmou que é obrigação do juiz determinar as provas necessárias para o julgamento e não chamar testemunhas poderia ser considerado prevaricação.
[SAIBAMAIS]Mendes interrompeu o relator e disse que o argumento do colega é ;falacioso;. Conforme o presidente da corte eleitoral, pela tese apresentada, Benjanim ele teria que reabrir a instrução do caso para incluir a delação do grupo JBS e, posteriormente, a eventual colaboração do ex-ministro Antonio Palocci, que negocia acordo de colaboração.
Os ministros debatem nesse momento se as delações de Odebrecht, João Santanna e Mônica Moura devem ser levados em conta para análise do caso. Tantos as defesas de Temer e de Dilma solicitaram aos ministros que julguem as ações totalmente improcedentes, por absoluta falta de provas.
Os advogados avaliam que fatos novos, como as delações e os depoimentos prestados pelos ex-executivos da Odebrecht, não poderiam ser levados em consideração no julgamento de cassação da chapa porque não faziam parte da ação inicial apresentada pelo PSDB.