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ANPR protocola lista tríplice no Planalto e aguarda audiência com Temer

Cabe a Temer a escolha do sucessor de Janot, que agora é tido pelo governo como algoz do presidente, após a apresentação de denúncia fatiada contra ele

Agência Estado
postado em 28/06/2017 13:56
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) protocolou na manhã desta quarta-feira (28/6), no Palácio do Planalto um comunicado oficial da escolha da entidade com os nomes dos três mais votados para suceder o procurador-Geral, Rodrigo Janot, a partir de setembro.

Segundo a assessoria de imprensa da entidade, o protocolo com os nomes é uma questão de cortesia já que os nomes dos três escolhidos foram divulgados amplamente na terça. Apesar do documento, o presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, já solicitou uma audiência com o presidente Michel Temer para fazer a entrega da lista pessoalmente.

Cabe a Temer a escolha do sucessor de Janot, que agora é tido pelo governo como algoz do presidente, após a apresentação de denúncia fatiada contra ele.

O oficio solicitando a reunião com Temer foi, segundo a associação, protocolado no dia 20 de junho, mas ainda não houve retorno.

Com 621 votos, o subprocurador Nicolao Dino ficou em primeiro lugar na votação para a formação da lista tríplice para sucessão de Rodrigo Janot. Logo atrás, Raquel Dodge obteve 587 votos, seguida por Mario Bonsaglia, com 564 votos.

Segundo fontes do Planalto, a tendência é que o presidente escolha um dos três nomes da lista, mas quebre a tradição de optar pelo primeiro colocado, já que Dino é visto como o mais próximo de Janot. Um interlocutor direto do presidente, inclusive, afirmou que Dino está "completamente descartado" pelo presidente.

A disputa agora pela preferência de Temer estaria entre Raquel Dodge e Bonsaglia. Os dois sempre foram apontados no Planalto como favoritos para a escolha do presidente.

A consulta com os procuradores para a formação da lista tríplice é acatada por todos os presidentes desde 2003. Para a associação, o "reconhecimento da escolha dos procuradores da República para o cargo de chefe do órgão é um avanço institucional por conferir liderança e independência ao ocupante do posto".

Após a escolha do presidente, sem prazo definido por lei, o nome do procurador escolhido passa por uma sabatina no Senado Federal.

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