Politica

Deputado do Rio, Sergio Zveiter será o relator da denúncia contra Temer

O relator irá analisar a admissibilidade da denúncia e apresentar um parecer sobre antes de o processo seguir

Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/07/2017 18:11
Foi anunciado, por volta das 18h desta terça-feira (4/7), o escolhido para relatar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer: é o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ).

O relator irá analisar a admissibilidade da denúncia e apresentar um parecer antes de o processo seguir. Em seguida, a comissão vota o parecer para, depois, ele ser analisado no plenário da Câmara. "Eu não tenho medo de pressão. A única pressão que, de vez em quando me assusta, é quando vou ao médico. Mas, graças a Deus, me alimento bem, faço exercícios. Está tudo em ordem", disse Zveiter. O relator não quis adiantar se aceitará a demanda da oposição de ouvir, na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o empresário Joesley Batista. Ele afirmou que vai se reunir, a partir de agora, com o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), a quem caberá definir o rito de tramitação do processo na Comissão.

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Zveiter também afirmou que não existe nenhum problema em ser filiado ao mesmo partido do presidente Temer. O parlamentar foi eleito pelo PSD, mas filiou-se ao PMDB nessa legislatura. "Eu tenho independência para julgar esse processo. Outros nomes também teriam, mas acredito que o fato de eu ter sido presidente da OAB do Rio por duas vezes me credencia para o cargo." Zveiter afirmou, ainda, que a intenção é cumprir os prazos estabelecidos tanto por Pacheco quanto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que pretendem concluir o processo na Casa antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

O trabalho será longo, já que levantamentos feitos pelos próprios governistas mostram que o Planalto ainda não tem os votos necessários para barrar a investigação. A estimativa é de que na CCJ os governistas tenham 27 dos 66 votos, e, na Câmara, pouco menos de 70 votos dos 172 necessários para enterrar o pedido de investigação feito por Janot.

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