Paulo de Tarso Lyra
postado em 05/07/2017 16:24
O advogado de defesa do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz Filho, entregou, por volta das 16h30 desta quarta-feira (5/7), a defesa de 98 páginas ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco. Segundo Mariz, o documento vai mostrar a inocência do presidente. "O presidente da República não cometeu crime de corrupção passiva. Não há nada que o vincule a qualquer tipo de ação criminosa. Ele não recebeu e não favoreceu ninguém", disse Mariz.
Mariz ainda afirmou que tem um profundo respeito pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot, mas disse que ele produziu uma peça de ficção, "uma peça baseada em hipoteses, suspensões e criações mentais fruto da intelgência do procurador geral."
Mariz ainda afirmou que tem um profundo respeito pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot, mas disse que ele produziu uma peça de ficção, "uma peça baseada em hipoteses, suspensões e criações mentais fruto da intelgência do procurador geral."
Mariz sugeriu que, por ser homem do contraditório, gostaria da presença do procurador na CCJ, mas adiantou que, como isso não é praxe da comissão, a decisão caberá ao presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco. "Eu gostaria sim de estar vis-à-vis com os acusadores, inclusive, porque durante a produção de provas a defesa não foi chamada. E que visto depoimentos favorávreis ao presidente que não foram incluídos na denúncia. O que foi elaborado é uma peça unilateral e seletiva", acusou o advogado.
O advogado lembrou que, a exemplo do empresário Joesley Batista, Temer recebeu outras pessoas - empresários, políticos, autoridades - em agendas noturnas e fora do expediente, e que isso não repesenta nenhuma anormalidade.
Para facilitar a compreensão dos parlamentares, o advogado afirmou que buscou fazer a defesa em linguagem técnica, mas também acessível, e que gravou um vídeo resumindo os principais
pontos a serem rebatidos.
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Questionado se o mandato do presidente Temer estaria na UTI, Mariz brincou: "Eu não sou médico, mas eu diria que está na lanchonete comemorando porque a denúncia não se sustenta. Aliás, isso é ruim para o país pórque enquanto o presidente gasta tempo se defendendo, ele deixa de se preocupar com outras coisas mais importantes para o Brasil."
A denúncia
O relator da denúncia na comissão é o deputado Carlos Zveiter (PMDB). Se a denúncia for aceita pela Câmara, passa a ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a entrega da defesa, a CCJ tem prazo de até cinco sessões do plenário para discutir e votar um parecer. No entanto, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, já indicou que pode aumentar esse prazo. Ainda de acordo com Pacheco, o parecer do relator pode ser apresentado na próxima segunda-feira (10/7). Os aliados do presidente Michel Temer preferem acelerar o processo.
Leia a defesa do presidente Temer na íntegra:
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