Natália Lambert
postado em 11/07/2017 16:43
O protesto de senadoras da oposição no plenário contra a votação da reforma trabalhista não atrapalhou a sabatina da subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, agendada para essa quarta-feira (12/7), às 10h, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesta terça, desde o fim da manhã, o grupo tomou conta da Mesa Diretora e impediu que a sessão tivesse continuidade. A mando do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), elas ficaram no escuro e sem microfones por praticamente seis horas.
O presidente da comissão, senador Edison Lobão (PMDB-AL), disse ao Correio que, caso os senadores não entrassem em acordo, provavelmente, a votação do projeto que altera as leis trabalhistas ficaria para esta quarta e, neste caso, a CCJ teria de convocar uma sessão extraordinária na quinta-feira para apreciar o nome de Dodge à Procuradoria-Geral da República. "É uma loucura. Nunca vimos uma situação dessas no Senado. Se não se chegar a nenhuma solução hoje, teremos que votar a trabalhista amanhã. Aí, eu convoco a sabatina para quinta;, afirma Lobão.
Raquel foi o nome escolhido pelo presidente Michel Temer para substituir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir de 17 de setembro deste ano, quando acaba o seu mandato. Ela precisa passar pelo crivo dos membros da CCJ antes de ir à votação em plenário, o que deve ocorrer no mesmo dia da sabatina.